Para garantir uma abordagem eficaz do Transtorno do Espectro Autista (TEA), é essencial que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível na vida da pessoa. Por isso, desde 2017, as consultas pediátricas do Sistema Único de Saúde (SUS) incluem ferramentas para detecção da condição. Uma dessas ferramentas é o M-Chat, que consiste em 23 perguntas de resposta binária ("sim" ou "não") destinadas aos pais ou responsáveis da criança, avaliando o risco de autismo na primeira infância.
O médico pediatra Luiz Roberto Verri de Barros, da Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Lobato, segue rigorosamente as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e destaca a importância do M-Chat, especialmente para identificar casos que necessitam de intervenção precoce.
Embora o M-Chat seja uma ferramenta objetiva e de fácil aplicação, o diagnóstico final requer confirmação por uma equipe multidisciplinar. Em sua prática na UBS, Verri encaminha pacientes suspeitos para avaliação em diversos serviços, incluindo fonoaudiologia e terapia ocupacional.
Apesar da utilidade do M-Chat, Verri ressalta que o acesso ao tratamento precoce para o TEA ainda enfrenta desafios, como a falta de vagas em serviços especializados. Ele enfatiza a importância de agilidade por parte das autoridades de saúde para garantir que as crianças recebam o suporte necessário.
O médico destaca que o uso do M-Chat é recomendado tanto na rede pública quanto na privada, e que a comunicação eficaz entre profissionais de saúde é fundamental para garantir sua aplicação consistente em todos os setores.
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