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Foto do escritorDr. Rodrigo Cerqueira Oliveira Prinz

Tratamento TDAH em Belo Horizonte

O TDAH caracteriza-se por dificuldades na atenção, impulsividade e agitação, que podem se apresentar de forma isolada ou coexistir. Os sintomas se manifestam desde a infância. Há dificuldades em iniciar uma tarefa, em manter-se engajado e atento, concluir atividades, escutar o que foi dito. O esquecimento de compromisso e objetos, desorganização e dificuldades de planejamento também estão presentes. Os prejuízos escolares e profissionais prejudicam os pacientes acometidos pelo TDAH sem o tratamento adequado. Pode haver pior desempenho escolar, e na idade adulta, há maior chance de abuso de drogas.

Há três possíveis subtipos de TDAH: 1) predomínio de sintomas de desatenção; 2) predomínio de sintomas de hiperatividade-impulsividade; 3) Combinado.


Diversas regiões cerebrais estão envolvidas na origem do TDAH, porém os estudos atuais mostram um papel mais importante das conexões do córtex pré-frontal com outras regiões cerebrais que participam da atenção, da inibição, das tomadas de decisão, da inibição a respostas, do trabalho de memória e da vigilância.


O principal neurotransmissor (substância que atua nas comunicação entre os neurônios) relacionado é a dopamina, mas a noradrenalina também parece contribuir para a gênese do transtorno.


Como é dado o diagnóstico de TDAH?


O diagnóstico do TDAH é essencialmente clínico, por meio dos critérios diagnósticos do DSM-5-TR. Escalas como aSNAP-IV para crianças e a ASRS-18 para adultos podem ajudar o médico a dar o diagnóstico. Eventualmente, é necessário um teste neuropsicológico (realizado com psicólogo em várias sessões) para dar mais informações sobre o grau de prejuízo que a pessoa apresenta em termos de cognição, habilidades, etc.


Historicamente, acreditava-se que o TDAH fosse uma condição infantil que levava ao prejuízo no desenvolvimento do controle de impulsos, e isso seria superado na adolescência na maioria dos casos. Contudo, cada vez mais tem havido a identificação de uma quantidade muito maior de adultos diagnosticados com TDAH e tratados com sucesso.

  • Até 60% das crianças com TDAH apresentaram melhoras persistentes nos sintomas durante a vida adulta.

  • As outras 40% persistem sintomáticos na fase adulta, com graus de prejuízos variados.

Nos adultos, o transtorno costuma ser diagnosticado por autorrelato. Portanto, é muito mais difícil fazer um diagnóstico preciso do que na infância. O diagnóstico de TDAH é bastante provável nas situações em que os sintomas dedesatenção e/ou impulsividade foram descritos por indivíduos adultos como um problema que tiveram a vida toda, e não como eventos episódicos! Em adultos, os sinais do TDAH incluem impulsividade e déficit de atenção, como por exemplo:

  • Dificuldade para organizar e concluir trabalhos.

  • Incapacidade de concentração.

  • Aumento na distração.

  • Tomada rápida de decisões sem pensar nas consequências.


Como é o tratamento do TDAH?

Medicamentos psicoestimulantes:

Psicoestimulantes são a 1ª linha de tratamento do TDAH, pois apresentam maior eficácia e efeitos colaterais mais toleráveis. Os psicoestimulantes são contraindicados em pacientes com anormalidades e riscos cardíacos conhecidos. Por isso, é importante que sempre se faça uma investigação cardiológica com ECG (eletrocardiograma) antes de iniciar essas medicações. Os medicamentos estimulantes têm efeitos adrenérgicos e podem provocar elevações moderadas na pressão arterial (PA) e na frequência cardíaca (FC). Recomenda-se, então, que seja verificado rotineiramente estatura, peso, PA, FC e que seja realizado um exame físico anual em crianças e adolescentes que estejam em tratamento com estimulantes. Atualmente, a disponibilidade dos psicoestimulantes no Brasil são:

  • Metilfenidato de liberação curta (Ritalina®) ou de liberação sustentada (Ritalina LA®, Concerta®).

  • Lisdenxanfetamina (Venvanse®)


Medicamentos não estimulantes:

Outras medicações podem ser tentadas para o tratamento do TDAH naqueles pacientes que não toleram o uso de psicoestimulantes, naqueles em que a medicação não está recomendada, naqueles em que há necessidade de potencializar o tratamento ou tratar sintomas específicos. Exemplos incluem a clonidina, bupropiona, modafinila e até antipsicóticos como a risperidona, devendo ser indicada somente por profissionais que tenham experiência no tratamento desses pacientes.

Intervenções não farmacológicas:

As intervenções psicossociais em crianças com TDAH incluem modalidades como:

  • Psicoeducação.

  • Habilidades de organização acadêmica.

  • Reabilitação.

  • Treinamento parental (foco em ajudar os pais a desenvolver intervenções comportamentais possíveis).

  • Modificação comportamental na sala de aula e em casa.

  • TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental).

  • Treinamento em habilidades sociais.

A melhor estratégia de intervenção é a associação de tratamento farmacológico + terapia comportamental.

Fonte:

  1. Sadock BJ, Sadock VA, Ruiz P. Compêndio de Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 11th ed. Porto Alegre: Artmed; 2017.

  2. Stahl, Stephen M.. Fundamentos de Psicofarmacologia de Stahl: Guia de Prescrição, 6ª Edição.





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Dr. Rodrigo Prinz Psiquiatra


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