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Foto do escritorDr. Rodrigo Cerqueira Oliveira Prinz

Risco de autismo fetal associado ao uso de ácido valproico durante a gravidez

Na última edição da coluna Minuto do Cérebro, o professor Octávio Pontes abordou a delicada questão da segurança dos anticonvulsivantes durante a gravidez, especialmente para mulheres com epilepsia. Ele destacou a complexidade envolvida na escolha e administração desses medicamentos, considerando o equilíbrio entre controlar as convulsões para proteger a mãe e o bebê, e os potenciais riscos para o desenvolvimento fetal.

Pontes ressaltou que a epilepsia não controlada durante a gestação pode acarretar sérios perigos, como lesões por convulsões, redução do fluxo sanguíneo uterino e até aborto espontâneo. Assim, é crucial garantir que as mulheres grávidas com epilepsia recebam tratamento adequado para manter a condição sob controle.

Entretanto, é conhecido que alguns anticonvulsivantes, como o valproato, estão associados a um aumento do risco de malformações congênitas e problemas neurológicos no feto. Por outro lado, outros medicamentos, como a lamotrigina, parecem ter um perfil de segurança mais favorável durante a gravidez. Portanto, a decisão sobre qual anticonvulsivante prescrever durante a gestação deve ser individualizada e baseada em uma cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios para cada paciente.

Um estudo conduzido por Hernández-Díaz et al. corroborou essa preocupação, revelando um risco potencial de transtorno do espectro autista (TEA) em crianças expostas a anticonvulsivantes durante a gestação. Analisando uma extensa coorte de crianças nascidas de mães com epilepsia nos EUA, os pesquisadores encontraram uma incidência acumulada de TEA aos 8 anos de idade. Especificamente, o risco aumentado foi observado apenas na exposição ao valproato, enquanto o topiramato e a lamotrigina não demonstraram aumento significativo do risco.

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