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  • Foto do escritorDr. Rodrigo Cerqueira Oliveira Prinz

Componentes genéticos e ambientais: trauma e estresse na gestação podem aumentar chance de autismo nos filhos

O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento cuja etiologia ainda é desconhecida. Pesquisas mostram que não há um fator único, mas sim a interação de componentes genéticos e ambientais. 

Uma pesquisa da USP cruzou dados de pacientes e mostrou que a exposição da gestante a fatores ambientais e psicossociais (como estresse, exposição a produtos químicos e perda de um ente querido, por exemplo) pode aumentar a possibilidade do desenvolvimento do autismo nos filhos.

O doutorado, realizado pela neurocientista Anita Brito, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em parceria com a Plataforma Científica Pasteur (SSPU) da USP – recentemente transformada em Institut Pasteur de São Paulo –  e com o Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), investigou, pela primeira vez, a relação entre fatores genéticos e ambientais e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um artigo na revista científica BMC Psychiatry descreve os resultados.


Os fatores sociais foram definidos como estresses emocionais (incluindo depressão e ansiedade), agressão (física, social ou emocional) e situações causadoras de esgotamento (perda de emprego, morte de uma pessoa próxima, vizinhança violenta), entre outros.



Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento com alta prevalência – segundo informações da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tenha transtorno do espectro autista. É caracterizado por déficits na comunicação e na interação social, associados a padrões de comportamentos repetitivos e restritos. Indivíduos com autismo apresentam uma vasta heterogeneidade clínica e podem apresentar várias comorbidades associadas, tais como síndromes, transtornos psiquiátricos, neurológicos, questões sensoriais, entre outras.

Embora algumas pessoas com transtorno do espectro autista possam viver de forma independente, outras têm graves incapacidades e necessitam de cuidados e apoio ao longo da vida.



O TEA continua sendo uma ‘caixa de pandora’: sabemos que a genética é soberana, mas algumas vezes não encontramos uma causa hereditária.



Jornal da USP

Texto: Fabiana Mariz

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