Apesar de afetar uma em cada 59 crianças em todo o mundo, o autismo ainda é um transtorno que intriga muitos especialistas. O Projeto Fada do Dente, liderado pela professora Patrícia Beltrão Braga do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, está utilizando a polpa de dentes de leite para obter células nervosas de pacientes com autismo.
Os resultados da comparação entre as células de autistas e indivíduos neurotípicos revelam a importância dos astrócitos no mau funcionamento do sistema nervoso. Em pessoas com autismo, os astrócitos produzem uma citocina em excesso, desencadeando uma neuroinflamação no cérebro. Os pesquisadores, então, usaram um anticorpo para bloquear a ação dessa citocina e obtiveram um resultado surpreendente: o funcionamento dos neurônios foi restaurado.
A professora também explicou as dificuldades de traduzir o conhecimento obtido pelo projeto em tratamentos clínicos para pessoas com autismo.
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